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Mostrando postagens de janeiro, 2018

O papo da fila no banheiro

Lá no trabalho ou na escola, o banheiro é cheio logo de manhã? Aí na sua casa o pessoal faz fila para ir ao banheiro pela manhã? Eu não estou falando daquela sua colega de trabalho que fica um tempão se maquiando ou daquele seu irmão que acha que só ele precisa tomar banho antes de sair de casa, estou falando que muita gente tem vontade de fazer cocô pela manhã. É, pensa bem se aquele cheiro “agradável” no banheiro da empresa não é mais frequente logo de manhã. Muita gente sente vontade de evacuar (fazer cocô) de manhã por causa de alguns reflexos. Você sabe o que é reflexo? Aquele famoso martelinho que o médico ou fisioterapeuta usa para dar uma batidinha no joelho e o paciente dá um chute, esse chute é uma resposta reflexa. Na verdade, temos reflexos pelo corpo todo. Do ponto de vista da fisiologia, reflexos são respostas bem simples porque sempre temos aquele mesmo padrão de resposta àquele mesmo estímulo. No caso do martelinho, o estímulo é a distensão do tendão do músculo

O papo do beijinho pra sarar

Acho que pelo menos uma vez por semana eu digo: “Machucou, filha? Vem aqui que eu vou dar um beijinho para sarar”. Eu já disse isso tantas vezes, que a minha filha brinca que um de seus bonecos bateu a cabeça e me pede para beijá-lo. Eu tenho certeza que você também já disse algo do tipo, e se não disse, é provável que ainda vá dizer. E aí, o beijo sara? Eu diria que sim, se não sara, ao menos diminui a dor.  Quando você bate o dedo na cama, ou encosta a mão na panela muito quente, por exemplo, são ativados neurônios de dor que vão da sua pele até o sistema nervoso central. Lá esses neurônios liberam um neurotransmissor (aquela substância química que expliquei no “Papo dos papos dos neurônios”. É liberando essas substâncias que os neurônios conversam) que pode ativar um segundo neurônio, assim os neurônios seguintes continuam liberando neurotransmissores e você sente dor. Lembra que existem neurotransmissores que ativam e outros que inibem o neurônio seguinte? Pois é, e sempre t

O papo dos papos dos neurônios

Para iniciar os papos do ano, eu estava escrevendo um post sobre dor e travei. Eu não consegui explicar um ponto sobre comunicação entre neurônios de uma maneira satisfatória. Eu escrevi algo como, a conversa entre os neurônios, que é o que costumo dizer quando eu quero falar dessa comunicação de maneira simples. Mas essa conversa entre os neurônios é tão interessante que eu resolvi parar de escrever sobre dor e escrever o primeiro post do ano sobre esse papo.  Quando a gente escuta certos comentários sobre o funcionamento do nosso cérebro, às vezes fica parecendo que ele é uma caixa preta. Na verdade, o cérebro é formado por muitas células, assim como a pele, ou o fígado, por exemplo. Um dos tipos de células que compõe o cérebro são os neurônios, e a comunicação entre eles permite que os nossos comportamentos sejam executados. A maneira mais comum dos neurônios se comunicarem é liberando uma substância química chamada de neurotransmissor. Existem vários tipos de neurotransmissore